quarta-feira, 27 de junho de 2007

O Veleiro


Gosto de vê-lo,
Rasgando os mares,
No acto livre,
De existir,
De ser presença
O veleiro
Que navega
Pelos mares,
Sem amarras...

Fico olhando-o,
Na minha tela...
Sei que é meu,
Que é teu,
E não é de ninguém...

Sozinho...
Navega, navega,
No meio das tempestades...
Continua...
Na sua harmonia inigualável,
na sua doçura,
como se a tempestade
não existisse...

E quando volta a bonança,
Vejo
As velas brancas,
Que nas águas calmas,
Me acalmam,
Como se eu estivesse lá,
Desfrutando,
Da paisagem,
Do ritmo calmo
Da viagem...

Aquele veleiro,
É meu...é teu
E não é de ninguém...

elsa sekeira

Publicada por elsa nyny em http://eu-estou-aki.blogspot.com/

4 comentários:

Cátia disse...

Querida,

Os veleiros vão sempre sem amarras, apenas com a certeza que Alguem o guia, com a certeza que vai para rumo certo. Poderão vir tempoestades, mas na presença do Senhor ele continuará sempre...

Quero deixar ainda aqui uma palavra ao PCL. Sei que pensas que não venho aqui. Mas tu, melhor que ninguem, saberás o que é passar sem deixar marcas... Todos os dias de manha, quando chego ao escritório faço a minha ronda pelos blogs do amigos. Todos os dias, venho aqui, vou a da dinha, e de mais amigos. Mas ando numa fase em que apenas levo palavras, levo serenidade... Ando com poucas palavras para poder deixar aqui algumas. Peço desculpa a ti, à dinha e alguns outros amigos também que me sentem mais ausente... Mas não estou!

Um beijo para os 2 cheio de amor

figlo disse...

Um veleiro-sempre símbolo de liberdade-negação de tudo o que nos amarra e limita...

Ariane é um navio.
tem mastros, velas e bandeira à proa
e chegou num dia branco, e frio,
A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de sonho, fundeou
Dentro da claridade destas grades
Cisne de todos, que se foi, voltou
só para os olhos de quem teem saudades...
Foram duas fragatas ver quem era
um tal milagre assim:
era um navio que se balança ali
à minha espera
entre gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda
por meus passos
sair desta prisão em corpo inteiro,
e levantar âncora,
e cair nos braços
De Ariane, o veleiro.
miguel Torga

Desculpem o uso e abuso deste "meu poeta". Mas nos 100 anos do seu nascimento é a maneira que eu tenho de lhe agradecer o olhar que me ensinou a ter sobre o Homem nas suas Angùstias e Sonhos, na sua busca de Eternidade, no seu Todo
-Ser e circunstância.
beijos Glória

Unknown disse...

Tenho passado quase todos os dias pelo blog, embora não deixe comentários`. É interessante, porque sempre que passo no blog sinto uma calma... não sei se é da música, do texto, não sei explicar.

Anónimo disse...

Bom dia. Que bela poesia, mais uma da Elsa. Um óptimo dia cheio de bençãos do Senhor.
Muitos beijinhos.
Fica bem. Fica com Deus.
Anita (amor fraternal)