quinta-feira, 5 de julho de 2007

Vestido Azul

Sendo hoje mais uma das noites recentes em que o sono não queria chegar tentei ler alguma coisa, eís senão quando pego na revista Audácia de Junho e deparo com este belo conto que não resisti a publicar aqui.


Peço desculpa pela ousadia, contudo julgo que a direcção da revista não levará a mal. Aproveito para dar a conhecer o link que vos fará chegar a esta bela revista de mensagem: http://www.audacia.org/.




Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma menina muito bonita. Ela frequentava a escola local. A sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre apresentava-se suja. As roupas dela eram muito velhas e maltratadas.

O professor ficou atormentado com a situação da menina.
− Como é que uma menina tão bonita pode vir tão mal vestida para a escola?
Pôs de parte algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu comprar-lhe um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul!

Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que a sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a dar-lhe banho todos os dias, a penteá-la, a cortar-lhe as unhas... Quando acabou a semana, o pai disse:
− Mulher, não achas uma vergonha que a nossa filha, sendo tão bonita e bem arranjada, more num lugar como este, a cair aos pedaços? Que tal ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou pintar as paredes, consertar a cerca, plantar um jardim…

Pouco depois, a casa destacava-se na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e pelo cuidado em todos os pormenores do edifício. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracas feias e resolveram também arranjar as casas deles, plantar flores, e usar tinta e criatividade.
Em pouco tempo, todo o bairro estava transformado.

Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquelas pessoas, pensou que elas bem mereciam o apoio das autoridades. Foi ao Município expor as suas ideias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão, a fim de estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.
A rua, de barro e lama, foi asfaltada, e as calçadas foram calcetadas com pedras. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul...
Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou por fazer com que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.
Será que cada um de nós está a fazer a sua parte no lugar onde vive?

8 comentários:

Lia disse...

Obrigada pela partilha PCL!!!

Muito importante cada um fazer a
"sua parte", arrastando os outros
no silêncio do nosso testemunho.

Um abraço forte.

Alexandra disse...

Confesso que fiquei a pensar se tenho feito a minha parte, estamos sempre a aprender e sempre a perceber que podemos sempre fazer mais e melhorar...obrigada pela partilha ...para mim foi uma boa pergunta

beijinhos de coração

figlo disse...

"podes dizer-me quem é o meu próximo?
Lucas 1o, 30
Quantas vezes deixamos de fazer o bem por acharmos que é tão pouco e que não vai mudar o mundo...
O Espírito Santo se encarrega de tornar grande o pouco que sair das nossas mãos e do nosso coração.
Beijos e abraços

123 disse...

pcl
vim ver-te
pasasa no meu blog
qualquer dia vamos visitar-te
do teu pulguinha

Elsa Sequeira disse...

Pcl!!

Muito lindo!
Tentemos sempre fazer mais um pouco!E ´que esse pouco se transforme em muito...

Beijitos!

Anónimo disse...

Brilhante! Adorei!
Não sei se faço a minha parte... falho mt, mas gosto de acreditar que aprendo dia a dia a fazer um pouco mais e melhor...
Não podemos salvar o mundo, mas podemos melhorar... podemos melhorar mt!!!

Beijinho

Anónimo disse...

Esta historia não para-se verdadeira,hoje fazemos tudo com dinheiro e aquela gente reconstrui suas casas melhorou o seu dia a dia sem quase precisar de dinheiro, mas foi preciso um "empurrão" sem intenção do professor para que essa gente se aprecebessse de que o dinheiro não é tudo.

Anónimo disse...

o comentario anónimo em que diz no inicio que esta história não parecia verdadeira foi feito pelo joão das Cabanas de Baixo
esquecime de assinar