"Até que enfim cheguei ao cimo da montanha após uma jornada extensa e fatigante. Passei o olhar em torno e, pronto, o olhar apanha tudo que a vida tem de belo e contrastante. … … Graças vos dou, meu Deus, graças vos dou, Senhor, por sentir que me ergui dos abismos da treva, por sentir mais intensa essa luz que me eleva, suave irradiação do Vosso imenso amor."
sábado, 29 de março de 2008
Hoje voltei á Montanha!
sábado, 22 de março de 2008
Lágrimas...
Lágrimas de dor derramadas por amor
Do jardim das oliveiras ao jardim do repouso
Cristo que chora amargamente pela proximidade do fim
Pedro que após a negação chora angustiado
Verónica, compadecida, limpa o rosto ensanguentado do salvador ...

Maria, a Mulher do sim, Mãe admirável, chora a dor de Seu adorado filho
As piedosas mulheres de Jerusalém, abeirando-se do salvador
Choram os pecados da humanidade
O discípulo amado perde o amigo, morto na cruz e ganha a Mãe aos pés da mesma
Maria de Nazaré contempla suspenso na cruz o Rei de Israel
Nicodemos e José de Arimateia, discípulos da última hora, companheiros da primeira
E… por fim as minhas… as lágrimas do arrependimento
Pela facilidade com que vou traindo Jesus
Vendendo-O a troco de uma satisfação momentânea
Esquecendo-O permitindo que o Seu lugar no meu coração tenha outros inquilinos…
Tantas vezes faltando ao amor…

Hoje junto ao túmulo do Teu repouso
Choro agradecido a Tua morte porque me trará a vida
Em plenitude na gloriosa manhã da ressurreição…
Hoje quero permanecer em silêncio
Não permitindo que o ruído das palavras
Cale o grito da dor de Te haver abandonado…
Hoje, simplesmente hoje
Permiti-Me que as minhas lágrimas sejam de dor
Derramadas por amor…
terça-feira, 18 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
sexta-feira, 7 de março de 2008
Não digas...
quinta-feira, 6 de março de 2008
Quadragésima.com
quarta-feira, 5 de março de 2008
Impressões do Crepúsculo

Dobre longínquo de Outros Sinos...
Empalidece o louroTrigo na cinza do poente...
Corre um frio carnal por minh'alma...
Tão sempre a mesma, a Hora!...
Balouçar de cimos de palma!...
Silêncio que as folhas fitam em nós...
Outono delgadoDum canto de vaga ave...
Azul esquecido em estagnado...
Oh que mudo grito de ânsia põe garras na Hora!
Que pasmo de mim anseia por outra coisa que o que chora!
Estendo as mãos para além, mas ao estendê-las já vejo
Que não é aquilo que quero aquilo que desejo...
Címbalos de Imperfeição...
Ó tão antiguidade
A Hora expulsa de si-Tempo!
Onda de recuo que invade
O meu abandonar-me a mim próprio até desfalecer,
E recordar tanto o Eu presente que me sinto esquecer!...
Fluido de auréola, transparente de Foi, oco de ter-se...
O Mistério sabe-me a eu ser outro...
Luar sobre o não-conter-se...
A sentinela é hirta
– A lança que finca no chão
É mais alta do que ela...
Para que é tudo isto...
Dia chão...
Trepadeiras de despropósito lambendo de
Hora os Aléns...
Horizontes fechando os olhos ao espaço em que são elos de erro...
Fanfarras de ópios de silêncios futuros...
Longes trens...
Portões vistos longe...
Através de árvores...
Tão de ferro!
Fernando Pessoa
Publicado por Sofia Marisa Vasconcelos da Costa Pedro in olhares.com